quarta-feira, 5 de maio de 2010

Li e Gostei...... O plano B de Sócrates


Devo começar por dizer que estou agradavelmente surpreendido com a acção governativa de Passos Coelho. Faz hoje, 5 de Maio de 2010, precisamente uma semana que Passos Coelho é o primeiro-ministro de Portugal, e já se vê obra feita. A antecipação de medidas do PEC e ter posto o ministro das Finanças a reavaliar as grandes obras públicas teve logo o efeito de animar os “mercados”. A Bolsa de Lisboa recuperou para terreno positivo. Depois do índice PSICO-20, a praça lisboeta voltou ao habitual PSI-20. Tudo isto teve origem na já célebre reunião de S. Bento à qual Passos Coelho chegou de urgência, numa ambulância do INEM, com um desfibrilhador nas mãos. Muitos comentadores chamaram a essa reunião entre o Cavaco do PS e o Sócrates do PSD um pré-bloco central. Nada disso! O que aconteceu foi algo de surpreendente e inédito na política mundial: o primeiro-ministro de um governo sombra passa a governar o país, passando o primeiro-ministro em exercício para a sombra. A pose de Estado com que Passos Coelho, através de todas as televisões, se dirigiu aos sindicatos a apelar à paz social só pode ser conseguida por alguém que sabe que já manda nisto. A prova é que o PCP passou a ter como alvo principal, não Sócrates, mas sim o PSD, defendendo o TGV. Não sei se este era o tal plano B que Passos Coelho tinha, mas o que ficou evidente é que Sócrates também tinha um plano para o país, segundo as agências de rating, um plano B–. Depois do “Porreiro, pá!” e do “Manso é a tua tia, pá!”, chegou o terceiro pá de Sócrates: “Já fui, pá!”

por José de Pina, Publicado em 05 de Maio de 2010
in: http://www.ionline.pt/conteudo/58402-o-plano-b-socrates

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